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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tihuana - Tropa de Elite

sábado, 20 de novembro de 2010

Zumbi ~ O Dia Nacional da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da Princesa Isabel.

Fonte: wikipédia

Consciência

O Dia da Consciência Negra é uma data para a reflexão de todos nós brasileiros. Durante o período da escravidão, os negros sofreram inúmeras injustiças. E ás custas do seu sofrimento nas senzalas, nos campos e nas cidades, foi erguido tudo o que havia no Brasil daquela época. Os negros resistiram de diversas formas, nas muitas revoltas, fugas e com a formação de quilombos em várias partes do país. Assim, surgiu o Quilombo dos Palmares e o seu sonho de liberdade, que teve como principal líder Zumbi.

Veio a Abolição em 1888, o Brasil mudou e hoje é uma das maiores economias do mundo. No entanto, os negros continuaram em situação de desigualdade, ocupando as funções menos qualificadas no mercado de trabalho, sem acesso às terras ancestralmente ocupadas no campo, e na condição de maiores agentes e vítimas da violência nas periferias das grandes cidades. Sua luta, inspirada em Zumbi e em outros heróis negros que tombaram ao longo do caminho, precisava continuar

Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, e seu corpo foi exibido em praça pública para semear o medo entre os escravos e impedir novas revoltas e fugas. Mas o efeito foi oposto, despertando em muitos a consciência de que era preciso lutar contra a escravidão e as desigualdades, como Zumbi ousou fazer. A memória deste herói nacional, no Dia da Consciência Negra, nos compromete com a construção de uma sociedade na qual todos tenham não apenas a igualdade formal dos direitos, mas a igualdade real das oportunidades.
 
http://www.facebook.com/pages/Dia-da-Consciencia-Negra-no-Brasil/172135062814196

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Video Mapping

Vídeo mapping executado durante a comemoração do aniversário de 600 anos da torre astrológica do relógio, situada na cidade velha, no centro de Praga. Um verdadeiro show de som e imagens!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Running Away + Beatbox Freestyle ♪ Matisyahu ♪ Cover Fridays

Neste trabalho maravilhoso Matisyahu executa, pela primeira vez, uma versão exclusiva de 7 minutos da música "Running Away", de Bob Marley.

Diretor: Oliver de Lantsheere
Cinegrafistas: Matthew Campbell Rosenthal Hanon, e Jeff Chan
Editor: Jeff Chan

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Candidato a Amigo

Confira o mais novo videoclipe da banda carioca Nervoso e Os Calmantes, 'Candidato a Amigo' lançado em outubro de 2010. As gravações foram realizadas no famoso Centro de Tradições Nordestinas, da cidade maravilhosa, popularmente conhecido por 'Feira dos Paraíbas', dentre outras locações no Rio de Janeiro. O clipe tem a direção de Guta Stresser, fotografia de Giuliano Chiaradia, sob o selo Soma / Midsummer Madness, a música é do Nervoso. Vale a pena conferir!




O primeiro CD da banda Nervoso e Os Calmantes foi lançado em maio de 2009. O show de lançamento aconteceu na saudosa casa noturna Cinemathéque, Botafogo, Rio de Janeiro, com participações de George Israel, do produtor Felipe Rodarte (Eletrosamba) e da Banda Leme, formada por De Leve e Flu (Músico). Compre já o seu!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Aquarela de Debret mostra problema cultural do xixi nas ruas do Rio de Janeiro

por Milton de Mendonça Teixeira - historiador

Esta rara e pouco conhecida aquarela foi feita pelo artista francês Jean Baptiste Debret entre 1817/29 e consta do belo livro de Pedro Correia do Lago "Debret e o Brasil", lançado recentemente pela Editora Capivara, onde são reproduzidas mais de 1.300 obras de Debret, muitas delas inéditas. Comprei meu exemplar na livraria Folha Seca, na rua do Ouvidor e não paro de folheá-lo.

É este o primeiro registro iconográfico de um mau hábito carioca, o de urinar na rua, onde bem lhe aprouver. A aquarela pertence a Jean Boguici, do Rio de Janeiro.

Que eu saiba, nenhum artista tratou desse tema, infelizmente tão atual, antes ou depois.

Aproveito e mando em anexo um texto que fiz sobre nossos porcos e velhos hábitos.

Corpologia Histórica (a raiz cultural do problema)

Recentemente, a subprefeitura do Centro lançou uma campanha de mudança dos costumes muito boa. A municipalidade gasta verdadeiras fortunas com a limpeza e remoção de excrementos e urina dos logradouros do Rio. A falta de educação de alguns, aliada também à falta de bons banheiros públicos, generalizou o costume incivilizado de parte da população carioca se desobrigar atrás de todas as árvores, postes, esquinas e monumentos públicos da cidade. A campanha contará com cartazes moralistas relatando que:

   “...esta não era a educação que seus pais lhe deram”.

Apesar de a medida ser altamente meritória e necessária, os dizerem não encontram respaldo na história.

Com efeito, não são poucos os viajantes que se referem à sujeira das ruas do Centro do Rio no início do século XIX. As casas não tinham banheiros. No máximo, uma “casinha” no quintal, cuja fossa era limpa à noite por um escravo, o qual recolhia o conteúdo em tonéis de barro e depois conduzia esse “cabungo” na cabeça até a praia ou terreno baldio mais próximo, onde era feito o despejo.

Como, freqüentemente, esse tonel vazava e tingia o infeliz de malcheirosas manchas, o povo apelidava esses pobres escravos de “tigres”.

A urina, por sua vez, era despejada das janelas das casas em urinóis, em plena rua. Uma lei de 1776 obrigava apenas ao arremessante a bradar antes a advertência: “água vai!”.

Quanto ao povo, este se desobrigava em qualquer lugar. Não existiam pudores ou restrições. Afinal de contas, eram poucas as mulheres que saíam às ruas e, quando saíam, era aos domingos, e sempre acompanhadas de seus maridos ou pais.

Nas ruas do Rio, no dia-a-dia de 1800, somente homens e escravos perambulavam.

Para piorar a situação, o mau exemplo vinha de cima.

Vinha do próprio Rei!

D. João VI comia muito, muito e mal. Diabético e doente, nem por isso se continha à mesa, devorando, por vezes, de quatro a seis frangos por refeição.

Quando o Rei partia do Palácio de São Cristóvão em direção ao Centro, em sua carruagem não poderiam faltar um urinol, penico e os respectivos criados responsáveis pela sua higiene.

No trajeto, a carruagem parava ao menos duas vezes.

Quando era a vez do Rei “obrar”, a carruagem estancava, um criado montava o “trono” portátil e a guarda cercava Sua Majestade, impedindo os curiosos de ali passar.

D. João sofria de flatulência, soltando gazes em todas as ocasiões, solenes ou não.

Coitado do criado que esboçasse um riso ou gracejo. Seria cortado do serviço no Paço!

Vieira Fazenda, historiador carioca, relata o caso duma procissão de Corpus Christi em que o Rei arriscou um flato e este veio “acompanhado”; o que obrigou D. João a correr para uma casa na Rua Direita (atual Primeiro de Março), atrás de um “trono”.

D. Pedro I herdou esse problema. A diarréia histórica mais famosa que conhecemos é a que acometeu o Príncipe, às margens do Riacho Ipiranga, em São Paulo, a 7 de setembro de 1822.

Os historiadores citam que a viagem se retardara muito porque D. Pedro tinha de:

   “...se apear do cavalo de meia em meia hora para obrar”.

Estava nessa situação quando o correio Paulo Bregaro lhe entregou as cartas do Conselho de Estado, que pediam nossa Independência.

D. Pedro se conteve como pôde, reuniu a guarda, informou-os da situação e deu o famoso brado que nos libertou de Portugal.

Em 1824, D. Pedro I assistia a uma parada dos soldados mercenários alemães na Fortaleza da Praia Vermelha, quando pediu desculpa aos oficiais, se agachou perto dum muro e “obrou” na frente dos embasbacados militares.

Um desses militares alemães escreveu um diário onde relata que, quando ainda jovem, o Príncipe D. Pedro costumava urinar do alto da varanda do Palácio de São Cristóvão nos soldados que passavam embaixo.

Nas cartas que enviou à sua amante, Marquesa de Santos, D. Pedro cita por várias vezes seus problemas gástricos.

Numa missiva do Imperador datada de 13 de dezembro de 1827, existente no acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ele conta que

   “...Cheguei à casa, tomei a tisana (remédio) e obrei até agora cinco vezes e muito.”

Noutra carta, esta sem data, mas igualmente da coleção do IHGB, ele conta que:

   “...Eu não passei muito bem... ...depois obrei e agora estou perfeitamente bom...”

Nem todas as cartas de D. Pedro eram assim.

Numa delas, datável de julho de 1826, ele até escreveu no envelope um poema à sua amada:

   “Este lindo passarinho canta,
    brinca, pica e fura,
    mas quando torna a repicar,
    é mais doce a pica dura.”

A Marquesa era até informada dos problemas coprológicos das filhas do Imperador.

Na carta datada de 23 de setembro de 1827, da coleção Caio de Mello Franco, D. Pedro relatava que a filha de ambos, Duquesa de Goiás:

   “...tomou um purgante de óleo de mamona, com que obrou três vezes e deitou uma lombriga.”

Afinal, no meio dessa literatura “tão romântica”, D. Pedro pediu perdão à sua Marquesa pelos assuntos tão particulares assim relatados, justificando-se, na carta de 13 de dezembro de 1827, de que nele:

   “A fruta é fina, posto que a casca seja grossa”.

Portanto, se a subprefeitura for contar com a educação de nossos antepassados, - estamos roubados!

Milton de Mendonça Teixeira - através de e-mail que circula na internet