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quinta-feira, 9 de abril de 2009

KISS, apoteótico ou pirotécnico?

Até que foi maneiro o 'showzão' do KISS na Apoteose, divertido também, não é todo dia que assistimos a um concerto de rock com jogo de cena. O espetáculo vai além das faixas sonoras, deve também transmitir sua mensagem através do misancene, como no teatro, os norte-americanos do KISS sabem muito bem disso. Longe de uma performance como as que executam bandas como os Stones, Pink Floyd e U2, que adaptam seus shows para a praça onde se apresentam cativando de maneira especial, os caras pintadas estão mais ao estilo Iron Maiden e Madona, caretas e apáticos a cultura local. No caso do show de ontem no templo do samba, os fãs é que se americanizam pintando suas caras em busca de uma interação que não há.

O preço é salgado, mesmo para o humilde estudante que paga meia. Falta gratidão por parte dos pop-stars e assim não existe uma satisfação plena dos fãs. O melhor fica para o fim e quando a galera esquenta vem o 'game over'. Cadê o 'mais um'? Aonde está o bis que não consta do setlist? Por quê a interatividade deixa tanto a desejar? Não é só uma questão cultural, o problema parece residir na falta de boa vontade por parte de quem está lá no palco, faturando, ou mesmo dos produtores que empurram e a gente paga. Faltou uma palavrinha em português, faltou o hit 'War Machine', faltou um 'boa noite Rio', ou qualquer outra frase simpática para com os pagantes. Na onda do videogame e das novas mídias pegou o 'game over', eles vão embora com nosso dinheiro no bolso e não dizem um 'muito obrigado'.

Bom, foda-se, já foi. Até que valeu a pena ver o KISS e os fãs caras pintadas, divertido... O valor inflacionado do ticket, pensando bem, até que não foi tão caro, isso porque foi um show que foi o show, da próxima vez tô fora, esse bastou por todos. Madona, Iron Maiden e KISS não levam mais o meu suado dinheirinho. O 'game over' basta no videogame, onde da pra jogar outravez sempre... a pirotecnia foi legal, o que foi chato é que saiu também do meu bolso, e do seu, sem contrapartida, carinho ou apreço pelo fã brasileiro de rock. Pra concluir faço uma ressalva ao Paul Stanley, sem dúvida nenhuma o mais simpático e carismático integrante da banda.

Um comentário:

Anônimo disse...

pow! muito dura a crítica! pega leve! foi o último show do Kiss, a banda vai cabar, eles vão desfazer o grupo.