Bom leitor do jornal O Globo, não dispenso um dia o blog do Noblat. Hoje passando por lá pude ler um artigo escrito pelo professor pernambucano Joaquim Falcão. Ele alerta para o fato de que agora em setembro vai vencer o contrato com a entidade internacional, sem fins lucrativos, que sustenta todo o sistema de comunicação da internet no mundo. A ICANN, sigla em inglês para Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, no fundo é controlada pelo Departamento de Comércio Norte-Americano, que responde ao Presidente e ao Congresso americanos. O professor da Fundação Getulio Vargas chama a atenção para o mito no qual o Governo Bush teria cogitado desconectar o domínio “.iq” (Iraque), da web durante a guerra.
Chega de paranóia, com certeza, jamais os EUA tomariam qualquer medida contra um país democrático, no qual os direitos humanos e a liberdade de imprensa são respeitados. Por quê temer? O mundo evoluiu! Também já não dependemos tanto do petróleo como que para causar uma guerra que gere a desconexão de toda uma nação. Devemos todos os povos, isto sim, é combater a pregação do radicalismo e os manipuladores de sua pior arma, o terrorismo.
A internet precisa mesmo um dia ser total e real independente, sem vínculo de exclusividade, entretanto acredito que esta nova corporação, totalmente livre de ideologias políticas, monetárias ou religiosas, deve ser criada dentro de um novo modelo. A ONU, sob este prisma, parece tornar-se jurássica para tal tarefa...
Deveria ser criada uma organização totalmente democrática e livre, com representantes de todos os países, todos cientistas, estudiosos, consultores e usuários da rede mundial, membros reconhecidos mundialmente na área tecnológica. Estes eleitos comporiam um parlamento global, que poderia se reunir online, a qualquer momento e em tempo real, para votar qualquer espécie de mudança na alocação do espaço de endereços de Protocolos da Internet, atribuição de identificadores de protocolo, administração do sistema de nomes de domínio de primeiro nível, códigos de países e gerenciamento do sistema de servidores-raiz.
No Brasil temos o NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) que é responsável pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, além do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, vinculado a Casa Civil da Presidência da Republica, que mantém a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-BR). Nossa malha de telecomunicações é boa, robusta. Estes fatores manteriam a rede doméstica mesmo sem link com o ICANN. Podemos dormir tranquilos...
Não há porque temer uma desconexão, o filme Matrix é pura ficção cientifica. A terceira guerra mundial nunca acontecerá. Vivemos numa era na qual os teóricos da conspiração, fanáticos e tiranos perdem espaço rápido, na mesma velocidade em que se propaga a informação e o conhecimento dentre a raça humana. O ICANN cuida da internet com autonomia, responsabilidade, ética e bom senso desde setembro de 1998; sempre respeitou e fortaleceu a liberdade nos dados que circulam pela rede ao mesmo tempo em que respeitou a privacidade dos usuários. Vamos deixar a polemica de lado e agradecer por termos uma rede mundial que funciona, e muito bem. No futuro as coisas tendem a melhorar, com o fim da ignorância também se vão estes conceitos e preconceitos ultrapassados que fomentam o atraso. Viva a internet, viva a liberdade!
fonte: Jornal O Globo - Tecnologia
Ronald Sanson Stresser Junior
Pós-graduando em Mídias Digitais
Chega de paranóia, com certeza, jamais os EUA tomariam qualquer medida contra um país democrático, no qual os direitos humanos e a liberdade de imprensa são respeitados. Por quê temer? O mundo evoluiu! Também já não dependemos tanto do petróleo como que para causar uma guerra que gere a desconexão de toda uma nação. Devemos todos os povos, isto sim, é combater a pregação do radicalismo e os manipuladores de sua pior arma, o terrorismo.
A internet precisa mesmo um dia ser total e real independente, sem vínculo de exclusividade, entretanto acredito que esta nova corporação, totalmente livre de ideologias políticas, monetárias ou religiosas, deve ser criada dentro de um novo modelo. A ONU, sob este prisma, parece tornar-se jurássica para tal tarefa...
Deveria ser criada uma organização totalmente democrática e livre, com representantes de todos os países, todos cientistas, estudiosos, consultores e usuários da rede mundial, membros reconhecidos mundialmente na área tecnológica. Estes eleitos comporiam um parlamento global, que poderia se reunir online, a qualquer momento e em tempo real, para votar qualquer espécie de mudança na alocação do espaço de endereços de Protocolos da Internet, atribuição de identificadores de protocolo, administração do sistema de nomes de domínio de primeiro nível, códigos de países e gerenciamento do sistema de servidores-raiz.
No Brasil temos o NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) que é responsável pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, além do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, vinculado a Casa Civil da Presidência da Republica, que mantém a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-BR). Nossa malha de telecomunicações é boa, robusta. Estes fatores manteriam a rede doméstica mesmo sem link com o ICANN. Podemos dormir tranquilos...
Não há porque temer uma desconexão, o filme Matrix é pura ficção cientifica. A terceira guerra mundial nunca acontecerá. Vivemos numa era na qual os teóricos da conspiração, fanáticos e tiranos perdem espaço rápido, na mesma velocidade em que se propaga a informação e o conhecimento dentre a raça humana. O ICANN cuida da internet com autonomia, responsabilidade, ética e bom senso desde setembro de 1998; sempre respeitou e fortaleceu a liberdade nos dados que circulam pela rede ao mesmo tempo em que respeitou a privacidade dos usuários. Vamos deixar a polemica de lado e agradecer por termos uma rede mundial que funciona, e muito bem. No futuro as coisas tendem a melhorar, com o fim da ignorância também se vão estes conceitos e preconceitos ultrapassados que fomentam o atraso. Viva a internet, viva a liberdade!
fonte: Jornal O Globo - Tecnologia
Ronald Sanson Stresser Junior
Pós-graduando em Mídias Digitais
UNESA
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