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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Funk "Proibidão" com Superpoderes?

O Rio de Janeiro tem um polêmico projeto de lei estadual que, se aprovado, obriga o poder público a proteger o funk como movimento cultural. Pois este PL acabou ganhando repercussão internacional. Uma matéria publicada na última sexta-feira, dia 2, pelo jornal britânico "The Guardian" mostrou em destaque o ritmo carioca, cujos bailes dividem opiniões. O inusitado projeto de lei foi proposto em agosto passado, pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). A lei transformaria o funk em "movimento cultural e musical de caráter popular". Além de combater a "discriminação" contra o "gênero musical", o projeto pretende garantir que os bailes e festas não sejam proibidos pelo poder público. Em várias ocasiões a polícia fecha bailes funk nas favelas do Rio, em busca de traficantes, pela perturbação da ordem pública ou desrespeito a lei do silêncio.

O texto destaca a indignação de muitos moradores do Rio contra vários estilos do gênero que fazem apologia ao crime, no chamado "proibidão", e de conteúdo pornográfico que, segundo vários especialistas, acaba estimulando a sexualidade precoce entre crianças e adolescentes, contribuindo para o crescimento das taxas de natalidade em comunidades carentes. Em entrevista ao jornal britânico, Freixo diz que apesar de o funk reunir um milhão de pessoas a cada fim de semana, ainda é diminuído por muitas pessoas. Ele diz que o preconceito da classe média não é exatamente contra o ritmo, mas contra o lugar de onde vem, das favelas. Ainda assim, a reportagem diz que o ritmo entrou no circuito nacional. Destaca, por exemplo, a apresentação que o DJ Marlboro fez no aniversário da filha do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; e uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado do grupo feminino de funk “Gaiola das Popozudas”. O projeto de lei está em tramitação na Assembléia Estadual do Rio de Janeiro e ainda deve ser aprovado em quatro comissões antes de ir a plenário.

Pois a carioca.fm considera o funk nacional de suma importância. Funkeiros como: Buchecha, Mc Marcinho, Mc Leozinho, Perla, e tantos outros, formam o bonde do bem no rítmo. Já o funk das "cachorras", e dos "cachorros" não contribuí em nada com a cultura nacional. Em nossa ótica, certos tipos de funk, que infelizmente se proliferam sem qualquer espécie de classificação indicativa, atentando contra a inocência de nossas crianças. Uma letra que fala em órgãos genitais, de forma chula, não pode contribuir em nada com a cultura de um estado, quanto mais com a de uma nação. Todos sabem que nos bailes rola muita droga, e acima de tudo sexo precoce e na maioria das vezes sem nenhuma proteção. Vemos nas ruas das comunidades jovens de 13, 14 anos, andando de mão dadas com seus filhos, de 3 ou 4 anos... uma vergonha. Para o funk ganhar superpoderes, como os que a lei do deputado Freixo propõe, primeiro é preciso que seja estabelecido, e deixado claro, um código de ética sobre refrões que façam apologia ao sexo fútil, organizações criminosas e comércio ilegal de drogas. Afinal se nossos ouvidos não são pinico, os de nossos filhos muito menos. Vamos valorizar o que é realmente bom e deletar o que não presta, chega de hipocrisia e de projetos de lei puramente eleitoreiros. As crianças que frequentam os bailes é que precisam da proteção da lei, não seus organizadores.

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